Após mais de seis anos de espera, o 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro condenou os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A notificação, proferida nesta quarta-feira (30), comoveu familiares e amigos das vítimas, destacando-se como um marco na luta por justiça.
Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos, recebeu uma pena de 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Élcio Queiroz, que possuía o veículo utilizado no crime, foi condenado a 59 anos e 8 meses. Ambos foram condenados por duplo homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, assessora de Marielle que sobreviveu ao atentado. Também foram responsabilizados pela recepção do veículo utilizado, um Cobalt prata clonado.
Indenizações e acordos de delação
Além da prisão, ambos deverão pagar uma indenização de R$ 706 mil a cada uma das cinco vítimas, totalizando R$ 3,5 milhões. Eles também deverão cuidar da pensão do filho de Anderson até ele completar 24 anos. Os réus, que colaboraram com delações premiadas que ajudaram a desvendar mais detalhes do caso, terão suas penas reduzidas: Élcio deverá cumprir até 12 anos de prisão em regime fechado, enquanto Lessa permanecerá em regime fechado por até 18 anos, com dois anos adicionais em regime semiaberto.
O caso ainda está em aberto para julgamento dos supostos mandantes, cuja decisão será avaliada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte: G1
